Estamos quase completando o primeiro mês de vida da minha filhota, e não canso de dizer que a cada dia ela está mais linda.
E durante essa semana fiquei pensando e pensando em como deixaria gravada essa data no blog, e lendo um blog que acompanho (
Vida de Gestante), tive a inspiração de relatar como foram meus sentimentos nesse mês que se passou. Porque se engana quem pensa que é só sorrisos e fraldas sujas, e minha intenção não é desanimar ou tentar fazer com que tentantes desistam do sonho de ser mãe, porque digo: Vale a pena! Quero fazer com que mães que passem pelo mar de sensações, boas e ruins, como passei não se sintam sozinhas, não achem que são menos mães que outras, porque acho que a maternidade é sim maravilhosa, mas como tudo na vida, também é difícil, tem lágrimas (muitas), também tem abraços e beijos com o amor mais puro que existe, que é o de mãe.
Por mais que alguém diga que adora mudanças, que reviravoltas é bom demais, garanto que nada muda tanto quanto ser mãe. E não é só pelas noites mal dormidas, pois agora tem um bebê que precisa de você pra tudo, ele não come se você não der, não dorme se você não o fizer dormir(a Manu ta com essa mania agora), e a única forma dele se comunicar, tentar mostrar o que precisa, é chorando. Então... por diversas vezes, ele vai chorar e chorar, e gritar, e ficar rouquinho de tanto gritar, e você não sabe o que ele precisa, porque as vezes, ele só quer que você o aperte um pouquinho porque ta se sentindo sozinho. Nisso que to dizendo, quero mostrar que quando nasce um bebê, parte de você não é mais sua, a rotina muda completamente, e é difícil ter algum tempo só pra você. Aih, alguém pode dizer: "É, mas se fosse assim, você não teria tempo pra postar no blog. Ooo meu filho, não se engane, eu tenho algum tempinho, porque to na casa da minha mãe ainda, e quando minha mãe vê que to como um zumbi, ela pega minha filhota um pouquinho pra eu descansar =]"
Como naquele blog que citei acima diz, existe o lado
A da maternidade, mas também existe o lado
B. Não que o lado B é culpa do bebê, nem culpa da mãe, ou melhor.. não é culpa de ninguém, é simplesmente que nem sempre estamos preparadas pra tantas mudanças, tantas responsabilidades, tantas decepções consigo mesmas... é difícil perceber que não somos capazes de tudo. Tem uma frase que minha mãe disse quando a Manu se afogou e quase morreu que gravou na minha mente por ser a mais pura verdade: "
Mãe é se sentir culpada por tudo!"e posso garantir que é assim que sempre me sinto. Culpa por ela chorar e as vezes não saber o motivo, culpa por ela ficar com brotoejas de calor, culpa por ficar com soluço, culpa por chorar no banho as vezes, e chorar quando tira do banho, culpa por ficar com intestino preso pelo leitinho, culpa por ter cólicas, culpa por não ter conseguido amamentar no começo(agora estou amamentando mas ela ainda precisa da complementação), culpa por não ter condições financeiras de comprar absolutamente tudo pra ela, culpa por quando ela tiver 4 meses eu ter que voltar pra faculdade, culpa por com 6 meses eu ter que voltar a trabalhar e ficar longe dela, e posso passar horas dizendo todas as culpas que sinto, e pelo que minha mãe falou... isso é ser mãe!
Só que ela não me disse isso antes da Manu nascer, então eu quero deixar isso relatado pras futuras mamães, para que se preparem bastante pra essas mudanças. Também para não terem uma baque tão grande quando começarem com essa sensação de culpa, de impotência, e por que não dizer, medo.
Pois eu tenho medo, medo do próximo minuto, medo de acontecer algo com minha princesa e eu não estar perto pra socorre-la. Talvez seja uma especie de trauma pelo afogamento, mas eu tento estar a cada segundo ao lado dela, não confio em ninguém para cuidar dela por mais de 10 minutos. E já estou sofrendo por antecedência de ter que, com 4 anos (graças a nossa "presidenta" Dilma) colocá-la numa escolinha.
Durante principalmente os primeiros dias, pode ser que você queira chorar, eu chorei... por medo, por estar cansada(exausta), por estar infeliz com meu corpo, etc. Além disso, estava fora da minha casa, longe do meu marido, e tudo isso me deixava tão instável, vulnerável...
Então, digo, se preparem futuras mamães para todos esses sentimentos.... e para amar, amas mais que a si mesmas, mais que a seus esposos, mais que a suas mães.. mais que tudo. É um amor que não tem como medir... um amor profundo e de doação, pois nos doamos por inteiras ...e só queremos cuidar e amar ainda mais.
Os obstáculos são muitos, são grandes... mas como disse antes, vale a pena!
Vou falar também do lado A.
Cada vez que pego minha filha no colo é um sentimento de paz, amor, carinho, cuidado, e por que não dizer, paixão? Pois sou apaixonada por minha filha, faço tudo, faço qualquer coisa por ela. Cada vez que a amamento me sinto mais completa, é um sentimento de amor verdadeiro, amor puro. Quando ela chora, corro pegá-la, e não adianta ler em tudo quanto é lugar que isso é dar mau costume, que ela vai ficar mimada... minha filha vai ser mimada sim, e vou pegar ela sim... não to nem aí que depois ela vai chorar pra ficar sempre no colo, pelo amor de Deus, ela ficou 9 meses na minha barriga... e agora dizem que tem que ficar longe de mim pra não ficar mau acostumada? Desculpe, mas pra mim isso não tem nada haver... se a criança chora pra ter atenção, é porque não ta tendo atenção suficiente.
A coisa que mais amo ver na minha filha é o sorriso dela. E acho que ela sabe disso, pois quando termina de mamar da um sorriso lindo, e muitas vezes quando beijo o rostinho lindo dela recebo de presente um sorriso que me derrete toda.
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Com esse relato quero deixar claro pra vocês, que ser mãe é bom demais, mas também, muitas vezes é passar por momento difíceis, é cair e ter que se levantar por você e por um serzinho que precisa de você pra tudo. É ser perseverante, é ter que lutar... e ser muito forte.
Sempre vou postar aqui, como fiz na gestação, os momentos bons e também os não muito bons, porque quero que todos vejam aqui as coisas exatamente como são, a vida exatamente como ela é.
Beijinhos.
